Wednesday, July 15, 2009

Quase que diabetes

Tomo banho.
Escovo os dentes.
Me arrumo.
Desço até o térreo.
Cumprimento o porteiro.
- Boa noite.
- Boa noite.
Chamo um táxi.
- Peixoto Gomide por favor!
Mexo no celular.
Abro uma bala.
Coloco a bala na boca.
Guardo o papel na bolsa.
Olho o movimento da Augusta, e que movimento.
Conto o dinheiro (é pouco).
- Aqui tá bom, obrigada e boa noite!
- De nada, boa noite.
Pago o taxista.
Caminho.
Fumo um cigarro.
Chego ao prédio dos meus amigos.
Subo.
Converso.
Fumo vários cigarros.
Bebo vinho.
Do risada.
Descemos para o térreo.
- É há 5 quarteirões.
- Não estamos atrasados?
- Não, é só 15 pras 9 que a peça começa.
- Ah, tudo bem então.
Caminhamos.
Chegamos ao teatro.
Sentamos na lanchonete.
- Tô com fome!
- Eu também!
- Tô sem grana!
- Todos nós estamos, ainda bem que a peça é de graça.
Olho pra mesa.
Penso.
Acendo um cigarro.
Penso.
Olho pra mesa novamente.
Penso.
Olho de novo pra mesa, mas focando uma cestinha que tinha vários pacotinhos de açúcar.
- Vocês que me dêem licênça, mas isso é muito bom.
Os meus amigos me observam.
Pego um saquinho de açúcar.
Abro.
Jogo na palma de minha mão.
Lambo.
Lambo.
Lambo.
- Credo! Você come açúcar puro?
- Sim, é delicioso.
Eles continuam me observando.
- É bom mesmo?
- Claro! É açúcar!
Eles abrem saquinhos de açúcar e jogam em suas mãos.
Lambem.
Lambem.
Lambem.
- Sim! É bom mesmo.


by Gap.

1 comment:

Por: Fernando Tuzi said...

eu faço isso, mas com pacotinho de sal. hueheuhe, com cervejinha ainda, huuuuuuuum.