Sinais ofuscantes oscilam, balançam
Cintilam, cintilam, blam, pow
Vozes conturbadas ao fundo
Cintilam, cintilam, blam, pow
Vozes conturbadas ao fundo
Pareço não pensar direito
Acho que devo falar
Acho que devemos falar
Nossos olhos fechados ainda fitam o horizonte
Ainda conseguem ver o que o mundo real ainda não havia percebido antes
Olhamos além da brasa resplandecendo atrás de nós
Para ver um relance de harmonia
Sinto mais do que uma vida inteira
Isto foi sempre desta forma?
O vento está cru,
mas conseguimos senti-lo
Embaixo do chão,
o som da madrugada
E me levanto como um pássaro na névoa
A folha já encolheu-se
Minha alma ajusta-se encantadoramente do fogo
O lunático esta na grama,
lembrando de jogos e risadas
O lunático está no carro
Os lunáticos estão no seu carro,
lembrando de antigas conversas
E todo dia o entregador de jornais traz mais
O lunático está na minha cabeça
O lunático está em mim
Há alguém na minha cabeça,
mas não sou eu
Você grita,
e ninguém parece escutar
Lá no alto o albatroz parece ser imóvel
O eco de uma maré bem distante soa
E ninguém nos apresentou a Terra
E ninguém sabe o "onde" e o "por quê"
Estranhos passam na rua
E ninguém nos chama para Terra
Somos viajantes de tempos em tempos
Ninguém sente falta
A falta não existe
Mas o mundo continua a rodar
Você pode sentir?
Não os ajude enterrar a luz
Não os ajude
Os pensamentos emanavam constantemente e sem fronteiras
Ao longo da estrada ia descendo a caminho das causas
Tentamos nos amarrar ao chão
Assim correndo antes que o tempo levasse nossa imaginação
A grama era mais verde
As luzes mais brilhantes
Os sentimentos mais intensos
A noite era maravilhosa
Estavamos dragados pela força de uma maré interior
Em alta altitude alcançamos inebriantes mundo dos sonhos
Desbraferamos!
Vi olhos que eram como estrelas
Vi cara que era como fogo
Vi dentes como pérolas
Existe uma fome não satisfeita
Uma vontade de sabores
O gosto era mais doce
Com amigos por perto,
a água correndo sobre pés descalços
Era um rio sem fim
O ardor de um astronauta nos toma
Parece flutuar
É contagiante a sensação do prazer e desprazer
Lá está a luz de um olofote
Ao fundo fazendo cena de cinema
É espantosamente diferente
Eu nunca soube que as núvens se mexiam
Eu nunca soube que o céu poderia ser tão inesplicável
E fico grato por terem me levado até lá
Há um silêncio me envolvendo
Por milhões de anos a raça humana viveu como animais
Algo os liberto
E hoje estamos aqui,
vendo que o concreto não é apenas concreto,
existe algo mais
Me sinto tão bem!
Nos sentimos felizes
É uma coisa contagiante,
um negócio de pele
Depois daqui vamos pra onde?
Não deixe ninguém sozinho...........................
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