Saturday, January 27, 2007

Uma pitada de loucura


Sinais ofuscantes oscilam, balançam
Cintilam, cintilam, blam, pow
Vozes conturbadas ao fundo



Pareço não pensar direito
Acho que devo falar
Acho que devemos falar


Nossos olhos fechados ainda fitam o horizonte
Ainda conseguem ver o que o mundo real ainda não havia percebido antes


Olhamos além da brasa resplandecendo atrás de nós
Para ver um relance de harmonia


Sinto mais do que uma vida inteira
Isto foi sempre desta forma?


O vento está cru,
mas conseguimos senti-lo


Embaixo do chão,
o som da madrugada
E me levanto como um pássaro na névoa


A folha já encolheu-se
Minha alma ajusta-se encantadoramente do fogo


O lunático esta na grama,
lembrando de jogos e risadas

O lunático está no carro
Os lunáticos estão no seu carro,
lembrando de antigas conversas

E todo dia o entregador de jornais traz mais

O lunático está na minha cabeça
O lunático está em mim
Há alguém na minha cabeça,
mas não sou eu

Você grita,
e ninguém parece escutar

Lá no alto o albatroz parece ser imóvel

O eco de uma maré bem distante soa

E ninguém nos apresentou a Terra
E ninguém sabe o "onde" e o "por quê"

Estranhos passam na rua

E ninguém nos chama para Terra

Somos viajantes de tempos em tempos

Ninguém sente falta
A falta não existe

Mas o mundo continua a rodar

Você pode sentir?

Não os ajude enterrar a luz
Não os ajude

Os pensamentos emanavam constantemente e sem fronteiras
Ao longo da estrada ia descendo a caminho das causas

Tentamos nos amarrar ao chão
Assim correndo antes que o tempo levasse nossa imaginação


A grama era mais verde
As luzes mais brilhantes
Os sentimentos mais intensos
A noite era maravilhosa


Estavamos dragados pela força de uma maré interior
Em alta altitude alcançamos inebriantes mundo dos sonhos
Desbraferamos!


Vi olhos que eram como estrelas
Vi cara que era como fogo
Vi dentes como pérolas


Existe uma fome não satisfeita
Uma vontade de sabores
O gosto era mais doce


Com amigos por perto,
a água correndo sobre pés descalços
Era um rio sem fim


O ardor de um astronauta nos toma
Parece flutuar
É contagiante a sensação do prazer e desprazer


Lá está a luz de um olofote
Ao fundo fazendo cena de cinema


É espantosamente diferente
Eu nunca soube que as núvens se mexiam
Eu nunca soube que o céu poderia ser tão inesplicável
E fico grato por terem me levado até lá


Há um silêncio me envolvendo
Por milhões de anos a raça humana viveu como animais


Algo os liberto
E hoje estamos aqui,
vendo que o concreto não é apenas concreto,
existe algo mais


Me sinto tão bem!
Nos sentimos felizes
É uma coisa contagiante,
um negócio de pele


Depois daqui vamos pra onde?


Não deixe ninguém sozinho...........................



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